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Artigo adicionado em 21/10/2002, às 08:53

TRANSFORMERS ARMADA: Os novos Medabots?
A nova série dos Transformers é realmente péssima! Horrível. Simplesmente péssimo. Transformers Armada, a mais nova encarnação do clássico desenho animado onde robôs viram veículos e outros bagulhetes mecânicos, estreou na Cartoon Network americana dia 23 de agosto de 2002, no bloco Toonami, apenas alguns dias depois de também estrear a série animada He-Man and […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Horrível. Simplesmente péssimo. Transformers Armada, a mais nova encarnação do clássico desenho animado onde robôs viram veículos e outros bagulhetes mecânicos, estreou na Cartoon Network americana dia 23 de agosto de 2002, no bloco Toonami, apenas alguns dias depois de também estrear a série animada He-Man and The Masters of The Universe (clique aqui para ler a crítica), com um especial de uma hora (pois é, anos 80 estão de volta!). Armada também estreou com um especial de uma hora; na verdade, os três primeiros episódios passados em sequência e os episódios restantes (49, no total de 52) já estão sendo exibidos diariamente.

Para aqueles que já conhecem Transformers, deixo claro que Armada nada tem a ver com as séries anteriores, isto é, não está na cronologia animada TF (que é composta pela G1 – a série clássica -, Beast Wars e Beast Machines, que já passaram na Record e na Cartoon brasileira). Pode chamar de novo universo, realidade alternativa, sei lá. De qualquer maneira, eis a história: há milhões de anos atrás, em um planeta chamado Cybertron, seres mecânicos lutavam pelo controle do universo. De um lado, os Autobots, que estavam sempre impedindo a fúria destrutiva dos Decepticons em dominar o universo. Entre essas duas facções, existiam também os Minicons, robôs menores que, ao se unirem com Autobots ou Decepticons (e até mesmo entre eles), os tornavam mais poderosos. Em um determinado momento da guerra, Autobots e Decepticons se uniram para banir os Minicons de Cybertron, pois os seus poderes estavam começando a sair do controle. Adivinha onde esses robôs foram cair?? Acertaram, na Terra (putz, isso é um fato: não interessa o tamanho do Universo, ou até mesmo o tamaninho do nosso planeta, essas coisas sempre vêm parar aqui)! Muitas eras se passaram, estamos em 2002, e um bando de moleques “descolados” e “radicais” acabam entrando em uma montanha, e acham os destroços da nave dos Minicons. O sistema é ligado, ativando os robozinhos e alertando Autobots e Decepticons, que vêm à Terra atrás das antigas armas.

Mesmo não fazendo parte da antiga cronologia, Armada apresenta TONS de referências, como Optimus Prime ainda ser o eterno líder dos Autobots assim como Megatron é o todo-poderoso dos Decepticons. Optimus volta a ser um caminhão como na série clássica e tem seu visual todo baseado no antigo líder. Já Megatron agora é um gigantesco tanque de guerra. Nomes antigos para novos personagens, como Starscream e Cyclonus, como outros, também aparecem. Mas as semelhanças páram aí.

Bom, o desenho é péssimo. Mas não começa ruim, não. As cenas iniciais das guerras em Cybertron que acaba com a expulsão dos Minicons é muito bacana. Mas o desenho já começa a cair por terra ao apresentar os três humanos: Rad, o loirinho que é o “chefe” da equipe; Carlos, que pelo nome e aparência, é latino – afinal, os desenhos americanos têm que mostrar simpáticos com todas as etnias; e Alexis, a menina do grupo e, claro, a mais inteligente e estudiosa. Qual o problema com eles? Exatamente isso que eu disse: estereótipos. Linguagem descolada e moderna (entenda-se por “forçada”), gostam de esportes radicais… blé. Nada de novo. Mas beleza, isso por si só não mataria o desenho, mas nesse caso, é um dos fatores que enche o saco, já que tudo o que eles fazem é usar frases de efeito e ficar com pinta de sabe-tudo. Para dar um exemplo, o primeiro Transformer que os moleques encontram é Megatron. Ainda assim, agem como se fosse comum encontrar robôs gigantes alienígenas andando na rua. E outra: se você retirar os humanos da história, ela continua da mesma maneira, e sem tanta perda de tempo.

Tudo bem, isso é o menor dos detalhes. Alguns devem estar se perguntando o porquê do título dessa matéria se chamar Medabots 2. É simples: conhecem Pokémon? Então transformem os bichinhos de Pokémon em robôs. O que você tem? Medabots. Diversos Minicons são encontrados durante o especial, já que a nave que trazia os robôs se despedaçou ao entrar na Terra, espalhando os passageiros por diversas partes do mundo. Três deles acabam com Rad, Carlos e Alexis, e mais três aparecem. Fica claro que, agora, o objetivo é pegar o maior número de Minicons possíveis. Traduzindo: “Temos que pegar todos”!. Alguém disse Pokémon? Alguém? E olha que eu gosto pacas do Pikachu e seus amigos (principalmente o Pichu e o Togepi, que são os maaaaster!). Isso transforma, pelo menos inicialmente, numa história rasa e completamente direcionada à pancadaria.

Quer mais um motivo? Olhe o visual dos tais Minicons. Vejam se eles não lembram e muito os Medabots.

E agora eu finalizo falando sobre a animação propriamente dita. No geral, eu daria uma nota 4. E só dei 4 por causa do início do desenho e da sequência que mostra o primeiro encontro de Optimus Prime e Megatron, realmente uma sequência histórica: os personagens aparecem muito bem detalhados, com uma animação muito suave. De resto, a animação tem algumas sequências sem graça a outras que são horrendas: tem momentos que erros de proporção, como a cabeça do Optimus em relação ao seu corpo, são claros! Era de se esperar algo não muito diferente de Transformers: A Nova Geração, já que as duas são produzidas pela mesma empresa, a Aeon, mas não algo pior!

Os cenários não tem nada de novo; são bem feitos, mas sem nenhuma novidade e diferencial. A trilha sonora é muito bacana, fazendo até mesmo uma nova versão do tema do desenho animado antigo. A dublagem merece um destaque em especial, já que temos o retorno de Gary Chalk como Optimus Prime e David Kaye como Megatron. Os dubladores já emprestaram suas vozes para os respectivos personagens em Beast Wars e Beast Machines, e eles simplesmente dão um show! Mas algo estranho também acontece na série: em um episódio, Optimus chama seu Minicon pelo mesmo nome do Minicon de Megatron: Leader One (sim, quem lembra dos Gobots?). Em outro episódio, Optimus fala com o Minicon por dois nomes: Leader One e Sparkplug, sendo que esse nome era o nome divulgado pela Hasbro. Vai saber…

Os fóruns de discussão, onde fãs de Transformers se juntam para colocar suas opiniões (nem sempre educadas) sobre os desenhos, brinquedos, quadrinhos e o que mais estiver em pauta sobre TF, têm mostrado a insatisfação de todos com a nova série. O desenho é o foco da discórdia, claro, mas até mesmo os novos brinquedos também têm tomado críticas e mais críticas. Parece que apenas a série em quadrinhos tem escapado dos ataques.

Traduzindo: fiquei bem decepcionado com o desenho. Infantilizado como nem mesmo a série antiga era. Vamos ver se o nível irá melhorar, mas duvido muito, já que vi o 7 primeiros episódios e a qualidade só tem caído. Sinto que está na hora de Transformers sair da mídia por uns dois, três anos, como aconteceu antes de Beast Wars, prá mim a melhor encarnação de Transformers até hoje (sei que isso vai atrair algumas críticas, mas tudo bem).

Transformers: Armada poderá ser visto em breve aqui no Brasil, já que o dublador e amigo pacas Guilherme Briggs já confirmou com exclusividade para A Arca que o desenho já está em estágios iniciais de dublagem na Herbert Richers, a famosa empresa de dublagem nacional. Se continuar como parece, o desenho irá estrear na Cartoon Network nacional em breve. Mas não faço questão alguma.

Fala, sério: robôs que se transformam em skate e bibicleta?? – fanboy@a-arca.com


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