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Artigo adicionado em 20/10/2002, às 12:44

PELOS PODERES DE GRAYSKULL!!!
Nós vimos o episódio-piloto da nova série do He-Man O novo He-Man e seu Gato Guerreiro – clique para ver maior "It’s good to be king", como diria o Mel Brooks. Nesse conturbado início de século vinte e um, é quase tão bom ser geek. Do final dos anos 90 pra cá, o mundo descobriu […]

Por
Os Master

Eu tinha espada do He-Man e o Castelo de Grayskull

O novo He-Man e seu Gato Guerreiro – clique para ver maior

"It’s good to be king", como diria o Mel Brooks. Nesse conturbado início de século vinte e um, é quase tão bom ser geek. Do final dos anos 90 pra cá, o mundo descobriu que os anos 80 (durante os quais a maioria de nós passou a infância) foram muito, muito legais. O engraçado é que provavelmente os anos 80 são mais interessantes hoje do que naquela época.

Sem entrar no mérito de decidir o que é mero oportunismo da nossa onipotente mítia (como diz o Carlos Nader – afinal, é sempre culpa da engenharia memética), há que se admitir: nunca foi tão divertido (e lucrativo) gostar de desenho animado, histórias em quadrinhos, videogames e outras coisas que, há bem pouco tempo atrás, eram coisas de criança (ou de manés).

É claro que existe o lado ruim do revival dos anos 80: o Paulo Ricardo e o resto do RPM são um exemplo, apesar de eu achar que ninguém é imune ao poder da indústria (tenho certeza que o Washington Olivetto é capaz de transformar o RPM numa banda cool, nem que para isso for preciso matar um integrante ou dois). De qualquer forma, é delicioso poder ver (quase) tudo que você gostou um dia, quando era, criança, revisto, atualizado e batendo um bolão.

Dia desses, por exemplo, eu comprei um Atari. É, um Atari mesmo, daqueles que a meninada jogava na época em que Armação Ilimitada era novidade. Bom, pra falar a verdade, não é um Atari qualquer; é um "heavy sixer", o primeiro modelo de Atari lançado nos EUA, no final dos anos 70.

Até aí tudo bem, nunca neguei a minha veia nostálgica. O que mais impressionou nesse caso, na verdade, foi a reação da minha mulher. Quando contei à doce-e-sempre-bela Cyntia que ela ia poder jogar Megamania e Yar’s Revenge ("aquele da mosquinha") de novo, com o controle original, a menina quase ficou maluca. O resultado é quase inimaginável: ela convidou meia dúzia de amigas (é, plural, feminino, mesmo) para uma "jogatina" lá em casa, regada a vinho, vídeogame e fofoca (ouch, vou dormir no sofá depois dessa).

Eu tinha todos estes bonequinhos também!

He-Man e a galera do bem – clique para ver maior

Outro exemplo, que é tema, aliás, desse texto de hoje, apareceu hoje, graças a um milagre da tecnologia peer-to-peer (Kazaa lite rulez), em meu disco rígido: o longa-metragem piloto da nova série do He-Man e os Mestres do Universo. Ele mesmo, o defensor de Etérnia, herói de 9 entre 10 alunos da segunda série em 1985.

O longa-metragem foi concebido para comemorar os vinte anos da série, que estreiou em 1982 nos Estados Unidos, e obviamente meticulosamente arquitetado para ressucitar todo aquele hype, posto em estado de animação suspensa há uma década. O He-Man de 2002 é produzido nos EUA, mas realizado na Ásia (provavelmente por desenhistas-escravos coreanos), e renasceu com cara de anime (desenho animado japonês), sob os auspícios do Cartoon Network.

Nada melhor para ressuscitar uma franquia do que uma preqüência (ai, eu sei que doeu, mas se "sequel", seqüência, vem depois, "prequel", preqüência, vem antes, né ?), como nos mostrou o infeliz George Lucas com os novos episódios de Guerra nas Estrelas. Pois é, He-Man voltou justamente com a história que todos gostariam de saber: como o bocó do Príncipe Adam entrou pela primeira vez no castelo de Grayskull e se transformou, ao brandir a espada, no homem mais poderoso do universo (caramba, acabei de me dar conta que isso soa bem gay hoje em dia).

O desenho começa uns vinte anos antes da série original, mostrando Randor, pai de Adam, antes de se tornar rei de Etérnia (e de conhecer a terráquea astronauta que viria se tornar sua esposa). O Capitão Randor, acompanhado por Mentor, Aríete, e outros guerreiros de Etérnia, preparam-se para enfrentar aquele que passaria a ser conhecido por Esqueleto (depois de "A Piada Mortal", do Alan Moore, tenho certeza de que vocês podem imaginar como aquele feiticeiro com cara de Ming, o Impiedoso, Imperador de Mongo, transformou-se no conhecido arqui-inimigo de He-Man).

E eu tinha todos estes também!

Esqueleto e a galera do mal – clique para ver maior

O resto é só curtição: todos os personagens estão lá, dessa vez mais legais, com uma animação mais decente, e capazes de acrobacias à la Dragon Ball Z que deixariam constrangidas as suas contra-partes da época do pirocóptero e dos pirulitos do Zorro: Tee-la ("Tila" pra gente), capitã da guarda real, Aquático, Maligna, Pacato, Gorpo, Homem-Fera, Mandíbula, a Feiticeira (impressionante como agora a gente só se lembra da Joana Prado quando alguém cita o nome)… Até personagens menos conhecidos, como o Multi-Faces e aquele cara alado barbudo (O Stratus) aparecem.

Admitamos, entretanto: não é uma obra-prima de animação (deixamos o título para "Metropolis", do Osamu Tezuka, "A Viagem de Chihiro", "Princesa Mononoke", "Perfect Blue", e vários outros, só para citar desenhos animados com menos de cinco anos de idade). Nem é original (se fosse para votar no mainstream, eu votaria no Genddy Tartakowski, criador do Laboratório de Dexter e de Samurai Jack). Mas é He-Man, porra! O apelo é irresistível. Não dá para não abrir uma six-pack de cerveja, e assistir, com alguma nostalgia, os mesmos heróis de volta.

O melhor de tudo é que no fim das contas não se sai decepcionado. O desenho é muito bacana (pergunto-me se um moleque de 9 anos ia gostar tanto quanto eu, sem ter o background necessário para comentar "Olha! A Feiticeira agora se parece muito mais com uma sacerdotisa egípcia do que antes" ou "o Esqueleto é melhor em telecinese do que um cavaleiro negro da Força").

Diversão perfeita para um daqueles dias em que você pensa que já não cabe mais nas roupas que cabia (ou que não enche mais a casa de alegria).

Um grande abraço!

E AINDA TEM MAIS:
Baixe o trailer desta nova e aguardada produção – 2,4 MB (Formato Real Media)
E que tal baixar o tema de abertura do desenho antigo? MP3 em inglês, meu chapa!
Aproveite e assista também mais e mais vídeos promocionais do novo He-Man
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O novo gibi do He-Man: Todas as informações / As primeiras páginas desta HQ


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