A ARCA - A arte em ser do contra!
 
Menu du jour! Tutu Figurinhas: o nerd mais bonito e inteligente dessas paragens destila seu veneno! GIBI: Histórias em Quadrinhos, Graphics Novels... é, aquelas revistinhas da Mônica, isso mesmo! PIPOCA: Cinema na veia! De Hollywood a Festival de Berlim, com uma parada em Nova Jérsei! RPG: os jogos de interpretação que, na boa, não matam ninguém! ACETATO: Desenhos animados, computação gráfica... É Disney, Miyazaki e muito mais! SOFÁ: É da telinha que eu estou falando! Séries de TV, documentários... e Roberto Marinho não está morto, viu? CARTUCHO: Videogames e jogos de computador e fliperamas e mini-games e... TRECOS: Brinquedos colecionáveis e toda tranqueira relacionada! Tem até chiclete aqui! RADIOLA: música para estapear os tímpanos! Mais informações sobre aqueles que fazem A Arca Dê aquela força para nós d´A Arca ajudando a divulgar o site!
Artigo adicionado em 23/10/2002, às 03:48

Crítica: RETRATO DE UMA OBSESSÃO
Ou: "Como sentir medo do Robin Williams" O tristonho Robin Williams Excelsior novamente (eu já disse isso antes?) Quando vamos revelar nossas fotos, normalmente pensamos que só nossos familiares e conhecidos irão vê-las, mas esquecemos principalmente de uma pessoa que é o primeiro a ver este pedaço de nossa vida: o revelador de fotos. Tratamos […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes

Sinistro, fala sério

O tristonho Robin Williams

Excelsior novamente (eu já disse isso antes?)

Quando vamos revelar nossas fotos, normalmente pensamos que só nossos familiares e conhecidos irão vê-las, mas esquecemos principalmente de uma pessoa que é o primeiro a ver este pedaço de nossa vida: o revelador de fotos. Tratamos essas pessoas como meros acessórios da loja e esquecemos que eles têm vida e família (será que têm mesmo?). É sobre este tema que trata "Retratos de Uma Obsessão" (One Hour Photo), filme que chega esta semana ao Brasil com uma excelente escolha de tradução para o título.

Conheceremos um pouco sobre Seymour "Sy" Parrish (Robin Williams), o "cara da foto", que aparentemente é um cara normal, mas por ser um homem muito solitário tem mania de procurar a família perfeita através das fotos dos outros.

E os felizardos são os Yorkins, família formada por Will (Michael Vartan, do seriado sensação "Alias" e "Nunca fui Beijada"): o chefe da família, Nina (Connie Nielsen de "Gladiador" e o inédito "The Hunted"): a mulher da casa e Jakob (Dylan Smith, que fez uma participação no seriado "Gilmore Girls"), também conhecido por Jake, no papel do "pimpolho" dessa bela e
perfeita família… pela qual Sy faria as coisas mais absurdas com aquele que se meter a estragar sua família perfeita. Obsessivo, ele se sente parte deste círculo familiar…e acaba indo longe demais.

Mark Romanek, o diretor e roteirista desse filme, já não faz filmes há 17 anos (seu ÚNICO filme é de 1985), mas é famoso por seus vídeos-musicais de artistas como Madonna, Nine Inch Nails, Fiona Apple, Beck, Lenny Kravitz, Macy Gray, David Bowie, R.E.M e Michael e Janet Jackson (ufa!). No entanto, vale dizer que seu retorno aos filmes foi fantástico.

Com um roteiro bastante original e intrigante em mãos, as produtoras de "Meninos não Choram", Christine Vachon e Pamela Koffler, foram imediatamente conversar com Mark sobre o filme e logo depois, une-se a elas o produtor de "Beleza Americana", Stan Wlodkowski, para levarem às telas esse grande desafio.

Olha quem está no fundo

Connie Nielsen

A visão de Mark é bem interessante, mostrando no filme todo o processo de revelação de negativos até o resultado final: a foto. Outra coisa importante é como Mark chegou ao sobrenome Yorkin: com um jogo das palavras, ele saiu de "your kin", que significa "sua família" (tenha medo dele).

Quanto à parte técnica do filme, são todos velhos conhecidos de Mark, pois já trabalharam com eles em alguns vídeos musicais. Tom (A Cela) é o desenhista de produção, Jeff Cronenweth (Clube da Luta) é fotografista e Arianne Phillips (Hedwig – Rock, Amor e Traição) é a figurinista (imaginem o naipe das figuras)… e todos conseguem um trabalho maravilhoso. No mundo de Sy, tudo é muito claro, dicotômico e simplista, sem cores fortes. Já no seio da família Yorkin, está tudo envolvida por marcas e tons de cores mais na moda. Sy é realmente alguém preso no passado…dos outros.

E eu não poderia deixar de falar do elenco, encabeçado por uma das figuras mais versáteis e que mais admiro no cinema: o multifacetado Robin Williams. Robin, que atualmente também está em cartaz com o ótimo "Insônia", prova mais uma vez (antes foi com indicações ao Oscar por "Bom Dia, Vietnam" e Sociedade dos Poetas Mortos" e finalmente a estatueta por "Gênio Indomável") que é um dos melhores atores de Hollywood, tendo a capacidade de assustar, ao invés de fazer rir. Tem vezes que você não sabe o que se passa na cabeça de Sy…

Quanto aos atores já mencionados, Connie Nielsen é a que tem o trabalho mais expressivo como a princesa Lucilla de "Gladiador". Ela faz um trabalho legal, assim como Michael Vartan. O garoto Dylan está mais-ou-menos, mas dá para aceitar já que é seu primeiro longa e ele tem muito caminho pela frente. Outra figura que aparece é o ator Eriq La Salle, o doutor Benton do seriado "Plantão Médico", fazendo um papel pequeno no filme (coitado…).

A grande lição do filme é: partir de hoje trate o cara da reveladora melhor e veja se ele é confiável (brincadeirinha)…


Quem Somos | Ajude a Divulgar A ARCA!
A ARCA © 2001 - 2007 | 2014 - 2024