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Artigo adicionado em 23/10/2002, às 02:13

Crítica: OS EXCÊNTRICOS TENENBAUMS
Atores fora do grande circuito e personagens bizarros: a fórmula mágica de Benício! 🙂 Royal Tenenbaum, a esposa e o filho Chass Excelsior mais uma vez, aficcionados por cinema!!! Confesso a vocês que eu só tinha uma única certeza de um filme imperdível este ano (fora o dos irmãos Coen, é claro…). Desde que vi […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes

Mas aquele papelzinho em "A Mexicana" foi dose, hein?

Royal Tenenbaum, a esposa e o filho Chass

Excelsior mais uma vez, aficcionados por cinema!!!

Confesso a vocês que eu só tinha uma única certeza de um filme imperdível este ano (fora o dos irmãos Coen, é claro…). Desde que vi o trailer, baixado da internet, na casa do Fanboy, fiquei desesperado para vê-lo, pois tem a receita de filmes que gosto: atores pouco conhecidos (ou fora do grande circuito), visual inusitado e personagens completamente bizarros. E não é que meu pressentimento estava certo? Afinal, não foi à toa que "Os Excêntricos Tenenbaums" (The Royal Tenenbaums) rendeu um Globo de Ouro de melhor ator cômico para Gene Hackman, além de uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original.

Era uma vez uma família…com três filhos geniais. Chass, o mais velho, se tornou um importante nome no mundo das finanças ainda pequeno. Já Margot, a filha do meio, virou uma grande escritora, vencedora do Prêmio Pulitzer antes dos dez anos de idade. E o caçula Richie se revelou um verdadeiro ás no tênis, tricampeão mundial quando criança. Só que seu pai, Royal Tenenbaum (Gene Hackman), era uma pessoa muito ausente na família, muitas vezes diminuindo suas impressionantes habilidades. Não demorou para que a situação chegasse a um limite: além da raiva dos filhos, ele ainda tomou um pé na bunda da esposa, Etheline (Anjelica Houston).

Separada, a família saiu de Nova York e uns caem no esquecimento para os outros, sem sequer mandar notícias. Eis que, depois de 20 anos, todos se reencontram para resolver suas diferenças, passando a morar novamente em sua antiga casa. Chass (Ben Stiller), hoje pai de dois filhos, se tornou um obcecado por segurança. Margot (Gwyneth Paltrow) se converteu numa mulher depressiva, casada com um homem mais velho, o neurologista Raleigh St. Claire (Bill Murray). E Richie (Luke Wilson) se aposentou precocemente do tênis, viajando o mundo sozinho em seu navio, mantendo comunicação somente com um amigo de infância, o escritor Eli Cash (Owen Wilson). Etheline, mãe das três figuras, continua trabalhando como arqueóloga, namorando Henry Sherman (Danny Glover), o contador da família. E o homem que causou toda esta confusão, Royal, é um advogado falido, impedido de exercer sua função e acometido por uma doença terminal – justamente o motivo que o fez despertar e tentar se redimir com todos aqueles a quem fez mal, especialmente os três filhos.

Uau, este "Marvel Super Heroes"é pura diversão!!!!

Gene Hackman tenta recuperar os filhos

Misturando humor negro e um drama bastante sério, o diretor Wes Anderson provou seu talento – e a fama de atual queridinho da crítica americana. Antes deste filme, Anderson só tinha dois filmes no currículo: "Bottle Rocket" e "Rushmore" – que chegou ao Brasil com a ridícula tradução de "Três é Demais".

Além do talento, Anderson partilha de outra característica da qual gosto muito em certos diretores: "o mal do mesmo elenco". Você sabe, aqueles diretores que adoram trabalhar com os mesmos atores. Os irmãos Coen têm sempre figuras como Steve Buscemi e Tony Shalloub em suas películas. Além dos irmãos Luke e Owen Wilson e de Bill Murray, Anderson traz de volta Seymour Cassel e ainda o indiano Kumar Pollana, que interpreta o mordomo Pagoda.

Os outros atores do elenco, apesar de trabalharem com ele pela primeira vez, já manifestaram publicamente sua admiração por Anderson. Espero mesmo que este filme tenha servido para ressuscitar Danny Glover para a indústria de Hollywood, já que todos os atores mostraram a que vieram. O prêmio de Hackman foi merecidíssimo, Luke Wilson conseguiu se sobressair mais do que Stiller e Paltrow e Bill Murray mostrou que pode ser um ator muitíssimo completo, já que desempenha com maestria um papel dramático que difere completamente dos que fez em diversos de seus filmes anteriores.

Outros destaques marcantes: o figurino e a interpretação das crianças que encarnam os três irmãos quando pequenos. O menino que faz Richie, por sinal, é ninguém menos que Amadeo Turturro, filho do ator que eu mais curto: John Turturro. Cruzo os dedos para que ele seja o ótimo ator que o papai é. O primeiro passo já foi dado! 🙂

The Royal Tenenbaums, EUA/2001. Dir. Wes Anderson. Com Gene Hackman, Anjelica Houston, Danny Glover, Ben Stiller, Gwyneth Paltrow, Luke Wilson, Owen Wilson, Bill Murray.


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