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Artigo adicionado em 23/10/2002, às 02:48

Crítica: MINORITY REPORT – A NOVA LEI
O Titio Steven não perde a velha mania de sempre… Tom Cruise no pôster do filme Excelsior mais uma vez!!! Muitos já devem estar cansados de ver filmes de ficção científica que se passam no ano de dois mil e pouco (por sinal, estamos quase chegando neles) e nos quais TODA a cidade é futurista. […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes

Tô de olho no sinhô

Tom Cruise no
pôster do filme

Excelsior mais uma vez!!!

Muitos já devem estar cansados de ver filmes de ficção científica que se passam no ano de dois mil e pouco (por sinal, estamos quase chegando neles) e nos quais TODA a cidade é futurista. Sem vegetação ou arquitetura rústica (quero dizer, arquitetura contemporânea). Depois dos anos se passarem e continuar tudo mais ou menos a mesma coisa em pleno ano de 2002, o diretor Steven Spielberg resolveu quebrar essa mistificação – primeiro com A.I Inteligência Artificial, e agora com Minority Report – A Nova Lei (êta sub-título ridículo!), que acaba de chegar ao Brasil.

No ano de 2054, há uma nova divisão no departamento de polícia, o Pré-Crime. Instalado há 6 anos na capital dos EUA, Washington, esta nova divisão extinguiu de uma vez os assassinatos na cidade e está prestes a ser implantada em todo país.

O Pré-Crime foi criado por Lamar Burgess (Max Von Sydow) graças aos Pre-Cogs, três paranormais que podem ver assassinatos antes de acontecer. Chefiando a equipe tarefa que previne os crimes está o policial John Anderton (Tom Cruise). A história toda começa a mudar quando surge Danny Witwer (Colin Farrell), responsável pelo monitoramento do programa, disposto a descobrir se existem falhas ou não.

Crente de que o programa é infalível, pois os Pre-Cogs são certeiros (será?), Anderton se vê no meio de um terrível dilema quando o assassinato que ocorrerá nas próximas 36 horas é feito nada mais, nada menos do que… por ele mesmo! E o que é pior: a vítima é uma pessoa que ele nunca viu antes na vida? Que motivo teria para matá-la? Agora, com toda a cidade a sua procura, só uma pessoa pode ajudá-lo a saber o verdadeiro motivo: Agatha (Samantha Morton), a principal dos Pre-Cogs.

O meu é DESSE tamanho

Steven Spielberg em momento de inspiração

Parece que o espírito de Kubrick baixou definitivamente em Spielberg – não em sua totalidade, seria loucura demais para um homem só. Além das singelas homenagens ao mestre, a utilização da trilha sonora (de John Williams, é claaaaaaaro) te deixa sob tensão. Ainda assim, durante o filme, você percebe DESCARADAMENTE quando é o velho Spielberg em ação e quando é este novo Spielberg encarando seu novo desafio. Talvez aí esteja o grande problema do filme, exatamente como aconteceu com "A.I.": Spielberg ousa, cria reflexões sobre o futuro, levanta dilemas morais, mostra um roteiro amadurecido…mas não consegue, especialmente nos momentos finais, escapar do bom e velho Spielberg blockbuster que nós conhecemos.

Quanto a Washington ficar do jeito que é atualmente, isso foi maravilhoso. Já faz uns quinze anos que não fazem um filme abordando este tema desta forma. Na maioria das vezes, o tempo passou e quase nada que foi mostrado nas telonas existe! Mas é claro que algum avanço tecnológico foi obtido neste futuro de "Minority Report". Por isso, se deliciem com o maravilhoso Mag-lev (isso tá parecendo aqueles comerciais bizonhos que passa todas as tardes na Band), que é nada mais do que um sistema individual de transporte que combina carros e elevadores e que pode levá-ls aonde quiser, tanto na horizontal quanto na vertical e também pode girar e virar para qualquer lado… mas você permanece do jeito que está, sem derramar o seu borbulhante refrigerante.

Outras tecnologias são os jatinhos ao estilo Rocketeer e os aparelhos de indução de vômito que a equipe Pré-Crime usa. Muito bonitos são os efeitos dos computadores e sistemas de arquivos todos de vidro (pelo que parece foi uma idéia barata e bem bolada) e as aranhas-robô que parecem que estão vivas (coisas de Spielberg). Isso sem contar os jornais, revistas e caixas de cereal… animados!!! Isso foi a coisa mais inútil de todo o filme, e tudo feito por quem? quem?… A Industrial Light and Magic (uuaaaaaaaaauuu).

CORTARAM O MEU NARIZ!

John Anderton e Agatha

Não podemos nos esquecer do nosso maravilhoso elenco, muito bem escolhido e encabeçado pelo nerd-quarentão, porém bonitão e que também dispensa apresentações, Tom Cruise (pô, ele coleciona Homem de Ferro há muito tempo). Essa é primeira experiência de Tom com o criador do ET, e pelo visto será um longo casamento, já que ambos são ótimos profissionais.

Também não podemos nos esquecer dos outros astros, que são o sueco e eterno Padre Mirren de "O Exorcista", Max Von Sydow. Tudo bem, ele dá umas escorregadelas no inglês, mas continua com um trabalho primoroso. Temos também os novos talentos do cinema, vindos diretamente do velho continente: o irlandês Colin Farrell (que será a personagem Mercenário no filme do Demolidor) e a bela inglesa Samantha Morton (do filme "Poucas e Boas", de Woody Allen).

O restante do elenco também é importante (pelo menos para mim, viciado em atores desconhecidos do grande público). Temos a veterana Lois Smith (a tiazinha de "Twister") no papel da descobridora dos Pre-Cogs, a desconhecida Kathryn Morris, esposa de Anderton e que atuou em A.I, além dos ótimos Peter Stormare ("Fargo" e "Armageddon") como Dr. Eddie e Tim Blake Nelson ("E aí, meu Irmão, cadê você?" e diretor do filme "O", controvertida adaptação de Otelo) como o carcereiro Gideon.

Como em time que está ganhando não se mexe, a equipe técnica dos filmes de Spielberg é sempre a mesma há quase 10 anos. Podem ver nos cartazes: Janusz Kaminski (fotografia) Michael Kahn (edição), John Williams (música) e Bonnie Curtis (produção) estão sempre lá! Ou seja: tem coisas boas…e coisas muito boas!

PS: Se você não entendeu o título do filme, mande um e-mail para benicio@a-arca.com e eu explicarei com o maior prazer.


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