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Artigo adicionado em 23/10/2002, às 02:41

Crítica: BLADE II
Os clichês continuam fortes. Mas o filme até que é bacana! Leonor Varela e Wesley Snipes Clique na imagem para ver maior Estava botando uma fé no Blade II. Sabendo que o diretor agora seria Guillermo Del Toro (que irá dirigir a adaptação do personagem dos quadrinhos Hellboye o mesmo de A Espinha do Diabo) […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini

"Aqui? Pô, mas aqui fede mais que a tua casa!"

Leonor Varela e Wesley Snipes
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Estava botando uma fé no Blade II. Sabendo que o diretor agora seria Guillermo Del Toro (que irá dirigir a adaptação do personagem dos quadrinhos Hellboye o mesmo de A Espinha do Diabo) já imaginei um filme muito bacana, com visuais caprichados e roteiro bem condensado. No geral, gostaria que fosse diferente do do primeiro filme, onde há tanto clichê que chega a dar nojo. Tudo nesse segundo filme é melhor, mas os clichês ainda teimam de aparecer.

O filme começa com Blade (Wesley Snipes, de O Demolidor) procurando pelo seu antigo mentor Whistler (Kriss Kristofferson, de O Troco), que todos acreditavam ter morrido no primeiro filme. Após encontrá-lo vivo – relaxem, não estou contando spoiler nenhum, afinal, o cara aparece vivo e falante no trailer – Blade recebe a visita de dois integrantes da Nação dos Vampiros: Nyssa (Leonor Varela, de O Alfaiate do Panamá) e Assad (Danny John-Jules, de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes), pedindo que Blade os ajude a derrotar uma raça de vampiros, os Reapers, que

"Moleque, eu morri e voltei e vc ainda está nas fraldas!"

Norman Reedus e Kriss Kristofferson
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bebem sangue não só de humanos, mas também de vampiros “comuns”. Blade aceita, aproveitando para descobrir ainda mais sobre a nação dos vampiros que tanto deseja destruir. Para isso, os vampiros oferecem a Blade a liderança do Bloodpack, vampiros antes treinados para destruir o “daywlaker” – aquele que caminha de dia – e que agora irão ajudar a derrotar os Reapers.

Para aqueles que não conhecem o personagem, Blade é baseado nos quadrinhos criados por Marv Wolfman e Gene Colan. Blade é um meio-vapiro, meio humano: sua mãe foi mordida enquanto estava grávida de Blade. Isso lhe concedeu todas as forças e poderes dos vampiros, mas nenhuma de suas fraquezas. Isto é, Blade é imune a alho, estacas e prata, além de poder caminhar livremente pelo sol. Com a morte de sua mãe durante o parto, Blade acaba jurando vingança contra os vampiros, e decide lutar contra eles. Mesmo assim, há algo que o atrapalha: ele continua sedento por sangue. Essa sede pode acabar descontrolando o meio-vampiro, por isso ele acaba injetando drogas para conter sua fome.

"Mas... é com isso que se faz exame de próstata??"

Ron Perlman
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O filme é um festival de clichês. Mas isso tem um porquê, já que o roteirista David S. Goyer (de Cidade das Sombras) também escreveu o primeiro Blade. É possível sacar o filme inteiro depois dos 15 primeiros minutos. E pode ter certeza: você não vai errar.

Mesmo assim, a direção de Guillermo Del Toro consegue te prender à história. Os lances de câmera malucos, ajudados por efeitos especiais bem bacanas e um clima muito bem produzido, fazem você ficar atento à trama. No caso dos efeitos especiais, quem viu Homem-Aranha vai notar que o estilo é o mesmo: pessoas criadas em computação gráfica quando é necessário cenas mais ousadas, principalmente nas lutas coreografadas por Michel Yuen, o mesmo coreógrafo do filme Matrix. Ainda que os efeitos estejam melhores do que no filme do Aranha, é possível notar, sem fazer força, quando o ator é substituído pelo personagem 3D. Mas, também como no filme do aracnídeo, isso não estraga em nada a ação.

"Dãããããããããããããã"

Um dos Reapers fazendo pose com o diretor bonachão Guillermo Del Toro
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Mas o que realmente merece prêmio nesse filme é a maquiagem, elaborada por Steve Johnson e Michelle Taylor: os Reapers dão medo! E eles têm uma “funcionalidade” dão um toque de terror aos novos vampiros, que merecia um prêmio para o pessoal dos efeitos especiais, também. O líder dos Reapers, Jared Nomak (Luke Goss) também manda muito bem em sua interpretação. É interessante ver como o diretor e o roteirista conseguiram criar um vilão que é descarado muito mais forte que o anti-herói Blade. E isso leva a uma das melhores sequências do filme, o final. O confronto entre os dois é simplesmente sensacional!

Del Toro consegue ótimas interpretações de personagens completamente rasos. De qualquer maneira, essa nem era a idéia do filme, mas alguns pontos poderiam ser melhor desenvolvidos. Wesley Snipes nasceu para o papel do vampirão.

O filme tem falhas no roteiro, admito. Mas as sequências de ação conseguem prender mesmo aqueles que não conhecem nada. Um senhor filme pipoca, com pancadaria e sangue gratuito. Eu esperava mais, mas gostei. E antes que eu me esqueça: a atriz Leonor Varela, que faz Nyssa, é maravilhosa. ^_^.


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