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Artigo adicionado em 23/10/2002, às 02:51

Crítica: ASSASSINATO EM GOSFORD PARK
Mas…será que só eu gostei do filme? Maggie Smith e sua fiel criada Excelsior, voltei mais uma vez para falar de outro indicado ao prêmio de melhor filme no Oscar 2002. No entanto, este filme não é de um diretor qualquer, mas sim do nosso querido "véinho", Robert Altman, responsável por filmes como "Pret-a-Pôrter" e […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes

Mas é complicado acalmar este mullets, hein?

Maggie Smith e
sua fiel criada

Excelsior, voltei mais uma vez para falar de outro indicado ao prêmio de melhor filme no Oscar 2002. No entanto, este filme não é de um diretor qualquer, mas sim do nosso querido "véinho", Robert Altman, responsável por filmes como "Pret-a-Pôrter" e o saudoso "Popeye" (com Robin Williams), que não passa faz tempo na TV (alô, Rede Globo!). Trata-se de "Assassinato em Gosford Park", aquele que o Fanboy odiou mas eu e o simpático El Cid achamos, podemos dizer, interessante…

Antes de tudo, vale lembrar que os créditos dizem se tratar de uma idéia, e não de um roteiro de Altman. Coisa estranha para alguns que nunca viram isso no cinema…mas eu achei legal. Afinal de contas… o que é estranho e que eu não goste? 🙂

De qualquer maneira, "Gosford Park" se passa na década de 30, na casa de campo de Sir William McCordle (Michael Gambon) e Lady Sylvia (Kristin Scott Thomas), que fica na região inglesa de…Gorford Park (um doce para quem adivinhou essa). O casal convida uma legião de parentes e amigos para uma caçada de final de semana, o que enche a mansão de nobres e seus empregados, pajens, acompanhantes e tudo mais. Fica muito clara a diferença entre os mundos dos patrões e dos seus subalternos, relegados aos corredores e porões da casa…onde eles descobrem segredos que ninguém desconfiaria. Com a morte do anfitrião em circunstâncias misteriosas, a coisa toda se complica, já que os convidados são obrigados a ficar no local até que o apatetado Inspetor Thompson desvende o caso.

"O quê, acabou a Nhá Benta?"

O patrão de casa e uma das criadas…

Lendo a coisa desta forma, parece até uma comédia com toques de mistério, não? Ledo engano. Não vá esperando cair da cadeira de tanto rir. O forte do filme é a interação social entre tipos tão diferentes de pessoas, desfilando uma galeria insólita de personagens pela tela. Realmente, o filme é lento e confuso, já que o elenco é gigantesco (mais ou menos uns 15 criados do casal, mais 20 convidados e seus respectivos empregados, tirando ainda o inspetor e o policial que o acompanha), o que dificulta uma maior empatia com um personagem em especial. Com tanta gente em cena, a confusão de nomes é total – ainda mais depois que você descobre que os empregados são chamados, nas alcovas, pelos nomes dos patrões, para facilitar a identificação de cada um…bagunçando total a cabeça do público.

As indicações, simultâneas, de Maggie Smith (Constance) e Helen Mirren (Mrs. Jane Wilson) ao Oscar de melhor atriz coadjuvante são merecidíssimas, já que ambas estão impecáveis em seus papéis. A atuação de Smith, em particular, vale o ingresso. No papel de uma aristocrata falida, mas ainda sim muito esnobe e debochada, ela consegue causar simpatia e no minuto seguinte te tirar do sério, querendo esganar a velhota. Já Mirren interpreta a melhor criada da casa, uma mulher rigorosa e introspectiva, que esconde um segredo chave para a trama.

China, prepare meu carro, porque o mundo precisa...de Hong Kong Phoey!

Inspetor Thompson tentando achar alguma coisa…

Outro grande destaque é Stephen Fry como o inspetor, naquela que pode ser considerada a atuação mais divertida do filme. Totalmente desligado, o oficial deixa passar pistas preciosas, mostrando um Fry mais engraçado do que aquele que vimos em "Wilde" (biografia do escritor Oscar Wilde).

Pra quem curte a habitual acidez de Altman, no entanto, o filme reserva um excelente atrativo: o cineasta Morris Weissman (Bob Balaban) e seu criado Henry Denton (Ryan Philippe). A dupla de personagens é uma crítica misturada a uma grande brincadeira com a indústria cinematográfica. Weissman não sai do telefone, ficando neuroticamente em contato com a equipe de produção de seu próximo filme, na Califórnia. Os dois estão na casa, na verdade, para estudar os hábitos e costumes de toda aquela gente, nobres e criadagem, para seu próximo filme, cuja história é a seguinte: numa festa com muitos convidados, ocorre um assassinato inesperado… Será que te lembra alguma coisa? Junte isso ao ba-fá-fá que o galã de cinema fracassado Ivor Novello (Jeremy Northam) causa entre as criadas quando chega à casa e você tem um retrato dos bastidores da década de 30. Mais uma surpresa do bom "véinho"…

Gosford Park. EUA & Inglaterra/2001. Dir. Robert Altman. Com Michael Gambon, Kristin Scott Thomas, Camilla Rutherford, Maggie Smith, Helen Mirren, Ryan Philippe, Bob Balaban, Stephen Fry


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