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Artigo adicionado em 23/10/2002, às 03:53

Crítica: ALI
Ou: "Mas ele ainda não fala mais que o Fanboy" Will Smith no papel de Muhammad Ali Excelsioooooooor! Antes de começar a falar do filme, gostaria não só em meu nome, mas por todos d’A ARCA e por todos aqueles curtem cinema, de expressar a profunda tristeza e revolta pela falta de organização e de […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes

Michel Serdan? Tô fora!

Will Smith no papel de Muhammad Ali

Excelsioooooooor!

Antes de começar a falar do filme, gostaria não só em meu nome, mas por todos d’A ARCA e por todos aqueles curtem cinema, de expressar a profunda tristeza e revolta pela falta de organização e de respeito que tiveram para o lançamento mais do que atrasado de um filme que foi indicado ao Oscar e que não tivemos a oportunidade de saber se merecia ou não algum prêmio, já que a premiação
passou por volta de 6 meses e agora já é tarde. Muito obrigado pelo
espaço do desabafo.

Depois de todo esse falatório, apresentarei uma das pessoas mais
falastronas e mais carismáticas de todos os tempos. Uma pessoa que lutou por aquilo que achava certo e que desafiou seu país para que seus pensamentos, sua crença e tudo que ele achava valioso em sua vida não fosse tirado dele.

Um homem que, como todo ser humano, tinha seu sonho e que o tornou realidade não só uma vez, mas três vezes. Estou falando de Muhammad Ali, um dos boxeadores mais respeitados não só no meio do boxe, mas em todo mundo do esporte. E saberemos o porque de tudo isso em "Ali", o filme oficialmente reconhecido pelo maior dos maiores.

O filme conta 10 anos da vida de Cassius Marcellus Clay (Will Smith): a partir de 1964, o ano em que ele se torna o campeão dos pesos pesados com apenas 22 ano,s até 1974, quando ele retoma seu título tirado injustamente. Durante essa década, Cassius Clay passa por poucas e boas, pois é muçulmano e sempre polêmico com o que pensava e o que falava (e olha que falava pra cacete!). Isso o tornou uma grande influência para o povo americano, desde a adoção de seu novo nome até a decisão de não ir para a guerra do Vietnã.

Amigo de ícones da história como o líder político Malcolm X (Mario Van Peebles de "New Jack
City" e "Highlander 3") e de figuras do jornalismo esportivo como Howard Cosell (Jon Voight de "Pearl Harbor" e "Missão Impossível"), Clay se tornou figura admirada desse meio e também de seus amigos e pessoas que viram seu crescimento profissional, como o treinador Angelo Dundee (Ron Silver da série "The West Wing" e "Timecop"), Drew "Bundini" Brown (Jamie Foxx de "Um Domingo Qualquer" e "A Isca") e o fotógrafo Howard Bingham (Jeffrey Wright de "Shaft" e "Basquiat").

Peraê, tá esporradinho aqui...

Will Smith encara um bom quebra

O diretor/co-roteirista/produtor Michael Mann (de "O Informante" e "O Último dos Moicanos") acertou mais uma vez com esse filme maravilhoso, contando um pouco da história de uma das pessoas que conseguiu mudar o mundo da sua maneira e que até hoje é referência para muitos, tanto dentro como fora dos ringues. Michael e sua trupe de premiados (roteiristas, produção, fotografia, figurino e desenhista de produção) chegaram a coisas fantásticas como câmeras presas nos lutadores e sofrendo com os impactos dos gigantes…

As locações são belíssimas (filmagens no Zaire e em Johannesburgo, na África do Sul) e dão mais realidade e profundidade à história do que seria possível com uma reconstituição.

Quanto ao elenco, sem comentários. Atores como Will Smith e Jamie Foxx, que não mea gradavam tanto, estão subindo cada vez mais no meu conceito. Will certamente mereceu a indicação ao Oscar de melhor ator, encarnando de corpo e alma Ali (até sotaques e gestual ele conseguiu incorporar) e agora pode ser levado a sério, pois me deixou com o saco cheio de tanto que ele fala. Jamie Foxx está muito bom no papel de Bundini e o irreconhecível Jon Voight na pele de Howard Cosell também está ótimo, mas talvez não merecesse tanto a indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante.

Tá faltando um desodorante aê...

Ali e Don King

Outra coisa legal nesse filme é a reunião de tantos atores negros que vemos em outras produções famosas (ou se vacilar, nos trocentos filmes do Spike Lee), como é caso de Joe Morton que fazia o cientista de "O Exterminador do Futuro 2", e de Le Var Burton, que faz o comandante La Forge da série Star Trek: Nova Geração e que nesse filme incorpora o pacifista Martin Luther King.

Temos também Mykelti Williamson, o Bubba (aquele negão que só falava de camarão) de "Forrest Gump" que faz o empresário Don King e Giancarlo Esposito (do extinto seriado da Sony "The Street" e "Malcolm X") no papel de Cassius Clay Sr.

Agora falta a ala feminina do filme, começando com a sra. Will Smith, Jada Pinkett (de "O Professor Aloprado" e que estará nas sequências de "Matrix"), Nona Gaye (filha do espetacular Marvin Gaye e que também vai estar nos próximos "Matrix") e Michael Michele (de "Plantão Médico"), todas no papel das esposas do Campeão.

Depois dessa faladeira toda (tô parecendo o Ali), se você não conhece a história do Campeão, vale a pena entrar no mundo deste esportista que é exemplo de vida para todos nós.


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