A ARCA - A arte em ser do contra!
 
Menu du jour! Tutu Figurinhas: o nerd mais bonito e inteligente dessas paragens destila seu veneno! GIBI: Histórias em Quadrinhos, Graphics Novels... é, aquelas revistinhas da Mônica, isso mesmo! PIPOCA: Cinema na veia! De Hollywood a Festival de Berlim, com uma parada em Nova Jérsei! RPG: os jogos de interpretação que, na boa, não matam ninguém! ACETATO: Desenhos animados, computação gráfica... É Disney, Miyazaki e muito mais! SOFÁ: É da telinha que eu estou falando! Séries de TV, documentários... e Roberto Marinho não está morto, viu? CARTUCHO: Videogames e jogos de computador e fliperamas e mini-games e... TRECOS: Brinquedos colecionáveis e toda tranqueira relacionada! Tem até chiclete aqui! RADIOLA: música para estapear os tímpanos! Mais informações sobre aqueles que fazem A Arca Dê aquela força para nós d´A Arca ajudando a divulgar o site!
Artigo adicionado em 23/10/2002, às 01:23

Crítica: A.I. – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Uma fusão Kubrick/Spielberg realmente insana Spielberg conversando com Haley Joel Osment durante as filmagens Excelsior, pessoal! Tudo bem por aí? Não estou atrapalhando nada, né? Antes de tudo, não vá ao cinema pensando que só porque “A.I. – Inteligência Artificial” era um projeto de Stanley Kubrick, este seja essencialmente um filme de Stanley Kubrick. Steven […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes

"Como? Você acha que o E.T. tem a forma de um pinto? Putz, sabe que eu nunca tinha percebido isso?"

Spielberg conversando com Haley Joel Osment durante as filmagens

Excelsior, pessoal! Tudo bem por aí? Não estou atrapalhando nada, né?

Antes de tudo, não vá ao cinema pensando que só porque “A.I. – Inteligência Artificial” era um projeto de Stanley Kubrick, este seja essencialmente um filme de Stanley Kubrick. Steven Spielberg é um ótimo diretor e já mostrou isso inúmeras vezes, nem preciso ficar enumerando quais. Ao meu ver, isso também acontece neste filme, no qual ficam claras, especialmente na primeira metade, as referências ao cineasta barbudão – como a utilização de muita música para dar expressividade no lugar de diálogos. Spielberg é um diretor competente, mas não tem a mesma paciência e neurose que Kubrick tinha. Portanto, é fácil perceber quando ele se aparece Kubrick e quando ele se parece Spielberg.

A.I. nos apresenta David Swinton (Haley Joel Osment, de “O Sexto Sentido” e “Corrente do Bem”), um robô com a aparência de um garoto de 11 anos…e que foi feito para amar. Baseado num conto do escritor Brian Aldiss, “Supertoys Last All Day Long” (Superbrinquedos duram o dia todo), o filme se passa em 2143. O planeta Terra está diferente: as

"Ahahahahah! Essa piada do pontinho é velha, mas é muito engraçada!"

Francis O´Connor, a mãe adotiva de David

calotas polares derreteram e afundaram muitas grandes cidades. A inteligência artificial é uma realidade e toda sorte de robôs estão espalhados pelo mundo, servindo como mordomos, babás e até empregados sexuais. Surgem os grupos anti-robôs, preocupados com a mecanização da humanidade. E também aparecem as entidades pela libertação dos autômatos, que os consideram seres inteligentes e, portanto, dotados de direitos assim como nós.

É nesse contexto que vamos ver emergir a história deste menino-robô, um dos primeiros programados para replicar as emoções dos humanos. As aventuras do garoto são narradas por Robin Williams (que, por sinal, também já foi um robô em “Homem Bicentenário”). David é adotado como teste por um funcionário da empresa que o criou, Henry, e sua esposa Monica (respectivamente Sam Robards e Frances O’Connor). O filho do casal, com uma doença terminal, foi congelado até a cura ser encontrada. Mas, por mais que seus novos pais gostem dele, a natureza do menino-robô o faz ser rejeitado tanto pelos humanos quanto pelos seres mecânicos. Desesperado, ele sai em busca da verdadeira humanidade. Não é à toa que Kubrick apelidou o projeto deste filme de “Pinóquio”.

Anime Rules! Robôs rules! Sexo virtual é uma bomba! A não ser que você esteja falando de sites como Morango, Bella da Semana... aí sim!

Jude Law e uma androidezinha espetacular que só aparece dois segundos do filme!!

Nesta jornada, David acaba trombando Gigolo Joe (Jude Law, de “O Talentoso Ripley”), um robô criado para servir como escravo sexual de homens e mulheres, indistintamente. Law ficou tão andrógino que, se fizessem um filme do “Sandman”, ele ficaria muito bom no papel do (a) personagem Desejo.

Haley Joel é simplesmente fantástico e mostra o que é ser um puta ator, mesmo sendo tão jovem. Jude Law também está muito bem. Percebe-se porque os dois foram indicados ao Oscar no mesmo ano, em 1999. Ah! Outro ponto que não posso esquecer é do Teddy, o ursinho de pelúcia de David. Pra mim, é o melhor personagem do filme. Ele tem um papel fundamental na trama, funcionando como se fosse o mentor do garoto, o seu “Grilo Falante”. Portanto, keep your eyes on it!

Confesso a vocês que não chorei. Só entraram uns dois ou três ciscos nos meus olhos, causando uma pequena irritação. Mas, depois de semanas tão turbulentas e cheias de tristeza depois dos atentados nos EUA, nada melhor do que desligar da realidade e entrar de cabeça em um conto de fadas…

:: Leia aqui a biografia do insano diretor Stanley Kubrick
:: E clique aqui para ler a tremenda campanha de marketing que o tio Spielberg utilizou para promover o filme

Bom, basicamente é isso. Próximo tópico: filmes obscuros do John Turturro:
benicio@a-arca.com


Quem Somos | Ajude a Divulgar A ARCA!
A ARCA © 2001 - 2007 | 2014 - 2025